BIOGRAFIA

Antonio Felix Martins (1812 -1892)

Carioca, nascido em 1812, diplomou-se médico pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, em 1833, onde foi lente substituto da seção de ciências médicas (1834) e de patologia geral (1855).
Foi provedor da Inspeção de Saúde do Porto entre 1843 e 1859 e teve atuação decisiva nas epidemias de cólera e febre amarela que assolaram o Rio de Janeiro na segunda metade do século XIX.
Fez parte da Comissão Central de Saúde Pública, foi um dos primeiros membros da Junta Central de Higiene Pública (1850 a 1859), presidente da comissão administrativa do Hospital Marítimo de Santa Isabel em Niterói (1859), inspetor deste hospital e um dos grandes responsáveis pela ampliação de suas instalações. Foi médico efetivo (1873) da Imperial Câmara, e cirurgião da Guarda Nacional.
Membro do Conselho Diretor da Inspetoria Geral da Instrução Pública Primária e Secundária da Corte em duas ocasiões (1862 a 1865, e 1873 a 1882), ocupou interinamente o cargo de Inspetor Geral da instituição (1877).
Eleito membro da AIM em 1835, presidiu a instituição entre 1861 e 1864. Dois anos depois tornou-se membro Titular Honorário e patrono da cadeira nº 32.
Em dezembro de 1875 foi nomeado membro do Conselho do Imperador Pedro II e recebeu o título de Barão de São Felix. Recebeu a comenda da Imperial Ordem da Rosa e tornou-se Cavaleiro da Imperial Ordem de Cristo (1866). Foi Grão-mestre do Grande Oriente Unido do Brasil.
Foi membro do Instituto Farmacêutico do Rio de Janeiro, no qual presidiu a comissão de matéria médica e terapêutica (1874), sócio do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, do Conservatório Dramático Brasileiro, da Sociedade Propagadora das Belas Artes e sócio correspondente da Sociedade de Medicina de Liège.
Na esfera política atuou na Câmara Municipal do Rio de Janeiro como vereador (1844), suplente (1847-1848) e Presidente (1851-1852).
Faleceu na cidade do Rio de Janeiro em fevereiro de 1892, aos 79 anos em consequência de uma febre palustre perniciosa (malária). A rua Princesa dos cajueiros no centro do Rio de Janeiro, onde residiu, passou, em 1917, a se chamar Barão de São Felix.


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